Quem é doutor?



Um artigo de Kenneth Maxwell publicado hoje (03/04/2008) na Folha de S. Paulo me chamou a atenção. Ele conta que na Alemanha, quem não é cidadão alemão, não podia ser chamado de doutor até 2001, devido a uma lei da época do nazismo. Entretanto, a lei foi atualizada apenas para permitir que outros cidadãos da comunidade européia pudessem ter tratamento igual. Ao mesmo tempo, Maxwell informa que nos EUA estão começando a chamar mais as pessoas de doutor, em especial os que estão em cargos públicos, como por exemplo, Kissenger e Condollezza Rice (veja em particular a sua Biografia no site da Casa Branca). O problema são as pessoas que não pertencem a comunidade européia, como americanos, brasileiros, japoneses, pro exemplo, não podem receber esse tratamento, sendo considerado crime.

Comento esse fato aqui pois no Brasil, quem de fato tem o título de doutor dificilmente é chamado de doutor. Há um Decreto Imperial ( DIM ), de 1º de agosto de 1825, pelo Chefe de Governo Dom Pedro Primeiro, deu origem a Lei do Império de 11 de agosto de 1827, que criou os cursos de direito no Brasil e garante esse título ao advogados que exercem a profissão (no caso atual autorizados pela OAB). No caso dos médicos eu não sei a origem do suposto título.

De fato não é valorizado quem tem verdadeiramente o doutorado, ou seja, defendeu uma tese perante uma banca de especialistas e desenvolveu um trabalho de pesquisa inédito, avançando o conhecimento. Curiosamente, apenas três pessoas sempre me chamam de doutor. O meu sogro, que fala na sua humildade com respeito, embora jamais pedi isso para ele (a filha dele também é doutora e ele nunca a chamou assim), o gerente de banco (que ficou impressionado com a placa na porta da minha sala... Prof. Dr. Adilson J. A. de Oliveira) e o dono do posto de combustível (nesse caso particular ele sabe qual é a diferença). Não faço nenhuma questão de ser ou não tratado com o título que consegui com muito esforço, mas acredito que realmente quem tem o título deveria ser mais valorizado. Aliás há uma comunidade no orkut somente discutindo isso (Doutor é quem tem doutorado) com mais de 80.000 membros.

Atualização: Como é um post muito comentado, resolvi fazer um adendo, com a interessante matéria da jornalista Eliane Brum que saiu na Revista época, em 10/09/2012. vejam nesse link


Comentários

  1. Anônimo10:01 AM

    Gostei do post. Já escrevi algo deste tipo em meu blog também, coincidentemente, fiz a mesma observação de que quem realmente é doutor em geral não recebe o tratamento, ao contrário das autoridades, como o doutor presidente ou o doutor delegado. Infelizmente, em um país sem cultura científica sólida, não há nem mesmo conhecimento sobre o que seja um doutorado. Esperemos que os blogs de cientistas mudem isto um tanto quanto.

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  2. Caro Itálo,
    Obrigado pelo comentário. Realmente precisamos tentar esclarecer a população um pouco mais sobre isso.
    Parabéns também por sua carta a SCIAM Brasil propondo um site para convergência de blogs. Eu tenho o Por dentro da Ciência vinculado ao um site desse tipo em Portugal (Divulgar ciência)
    Um abraço
    Adilson

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  3. No início da minha vida profissional fui criticado por chamar um diretor de uma estatal de "Cardoso", em vez de "Dr. Cardoso". Algumas empresas têm dessas frescuras. Mas concordo com você: doutor é quem tem doutorado. Ainda terei o meu.

    [ ]s

    Alvaro Augusto
    www.alvaroaugusto.com.br

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  4. Gostaria que todos percebessem, antes de tudo, que:
    Doutor é, além de quem tem o doutorado, aquele que possui douto.
    Douto é, por sua vez, um adjetivo que significa erudição, larga sabedoria e instrução. É por isso que é de costume chamarmos médicos, advogados e graduados em geral de doutores.
    Percebam que o aspecto costumeiro também é relevante, independentemente da necessidade de transformá-lo ou não.

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  5. Caro Kondlike,
    Infelizmente a grande maioria dos médiocs, advogados e graduados não são doutos. O próprio exemplo são os próprios advogados formados no Brasil que apenas uma parcela muito pequena é aprovada nos exames da OAB.Quem de fato tem o conhecimento não faz questão de ser chamado por qualquer título.
    Por outro lado, como diz um amigo meu, "tem cada doutor que é uma anta", referindo-se àqueles que de fato tem o título de doutorado, mas são capazes de agirem como esse simpático animal.
    Um abraço
    Adilson

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  6. Anônimo6:02 PM

    Caro Adilson,
    Obrigado pelas palavras. Eu também faço parte do Divulgar Ciência, mas creio que o ideal mesmo seria algo nos moldes do ScienceBlogs. O Prof. Osame Kinouchi crou agora o Anel de Blogs Científicos, creio que você já deve ter ouvido falar, que parece que deve ter um papel agregador como o Divulgar, vamos ver, já me inscrevi e tenho um link para lá em meu blog. De toda forma acho que nós blogueiros de ciências temos que ser mais unidos mesmo, tentarmos ser verdadeiros formadores de opinião e influenciar decisões políticas até. Mas paremos por aqui, ou escrevo demais. Continuo achando, da mesma forma que vc, que quem insiste demais no Dr. é porque tem pouco conteúdo e aposta na embalagem.
    Abraços

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  7. Caríssimo Adilson,

    Concordo com você. Eu estudo direito e sei que grande maioria dos estudantes só tem decorado uma dúzia de artigos da Constituição e adoram se chamar de doutores por simples autopromoção. Sinto também admitir que a sociedade tem o pré-conceito de os achar pessoas com douto.

    Nunca presenciei ocasião em que um doutor (que tem doutorado) não fosse reverenciado e respeitado em excelência no meio acadêmico. São sempre reconhecidos e dignificados, honorificados.

    Suscito outro fator: alguns que defendem que “doutor é quem tem doutorado” se sentem como possuidores de grande razão em seu posicionamento, mesmo não possuindo, como se tivessem a certeza do significado de “doutor” - é como quem tenta legitimar o que já entende como legal, sem nem procurar saber se é.

    Dentro do verdadeiro conceito da palavra “doutor”, conceito esse contido na filologia, podemos entender que quem é doutor não é necessariamente uma pessoa que defendeu uma tese de doutorado, mas quem defendeu uma tese de doutorado de fato é necessariamente um doutor.

    Gosto de pôr a lógica acima da tradição, para termos a luz da razão desvinculada de valores pessoais, como fazem os cientistas. Assim sendo, não seria pura vaidade querer que um termo de tratamento que designa uma pessoa como detentora de grande conhecimento seja usada apenas para pessoas que têm doutorados? Mesmo que saibamos que "tem cada doutor que é uma anta"?

    Com respeito,
    Carlos.

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  8. Adilson, na verdade "Professor Doutor" é um pleonasmo. "Doutor" tem o significado orginal greco-latino: "aquele que ensina". Fica mais fácil mudar o título de pós-graduação "Doutorado" do que explicar ao povo que nem todo Bacharel é Doutor...

    E - cá ente nós - eu acho que o título de "Doutor" anda tão banalizado que o título de "Professor" é muito mais significativo...

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  9. Adilson, eu desconfio que os médicos não possuem o direito adquirido na forma de lei que os advogados possuem de serem chamados de "doutor", a não ser q façam doutorado como os demais "reles mortais", como alguns médicos adoram ressaltar. Particularmente, eu nunca chamo um médico de doutor numa primeira visita. Sempre espero para perceber sua competência: se for competente (e esse critério varia à beça...), aí vira "dr." fulano pra mim.

    (Malla, eu? 'magina... :P )

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  10. Apenas para apimentar e fomentar os ilustres "blogueiros", cito o seguinte artigo que fora publicado no site Última Instância na distante data de 19 abr. 2006, donde propositalmente cito o seguinte trecho:

    "Um conhecido texto do advogado Júlio Cardella lembra que a matéria foi objeto de normatização: o Alvará Régio de D. Maria 1ª, a Pia. Esse artigo é muito interessante, está disponível na rede mundial de computadores, no endereço http://www.vrnet.com.br/oabeunapolis/artigo-doutor.html. Esse autor cita Pedro Nunes (Dicionário de Tecnologia Jurídica):
    BACHAREL EM DIREITO - Primeito grau acadêmico, conferido a quem se forma numa Faculdade de Direito. O portador deste título, que exerce o ofício de Advogado, goza do privilégio de DOUTOR (aos que gostam de pesquisar citamos as fontes dessa definição: Ord. L. 1° Tit. 66§42; Pereira e Souza, Crim. 75. e not. 188; Trindade, pág. 157, nota 143 in fine, e pág. 529 § 2°; Aux. Jur., pág. 355 Ass93)
    O doutor Júlio Cardella é enfático : "esse titulo constitui adorno por excelência da classe advocatícia"."

    Fonte: http://ultimainstancia.uol.com.br/noticia/27093.shtml

    Fico certo que é um delicioso debate.

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    2. Foi o que me ensinaram quando cursei a oitava série.

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  11. Caro Deymes,
    Essa discussão é muito interessante, sem dúvida. Mas a pergunta que fica é: Por que os advogados fazem tanta questão de serem chamados de doutor?
    Um abraço
    Adilson

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  12. Prezado Adilson, sua observação é mais que pertinente, é essencial à discussão!
    Certamente não posso falar pela coletividade, ainda assim, seguramente o emprego deste substantivo masculino como um pronome, mesmo que fundamentadamente válido, historicamente foi (e pode ser) tido como mero adorno àqueles que assim necessitarem.
    Creio piamente que seu uso não aduz em nada à personalidade ou ao caráter daquele que o exige, de forma que darmos mais importância ao “título” ante a pessoa, é equívoco cabal.
    Forte abraço.

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  13. Anônimo11:27 AM

    Caro Adilson e demais participantes, "DOUTOR" não seria aquele que é possuidor de douto conhecimento e defensor de tese(s) inédita(s), no significado essencial e etimológico desta palavra?? Se assim entendermos que o é, então quem seria o profissional que constantemente defende teses inéditas exercendo assim sua profissão, senão o(a) Advogado(a) ???
    Necessário se faz, a distinção entre aquele que adquire o título de doutor previsto na lei de diretrizes e bases da educação ao defender uma tese na universidade – mérito indiscutível – e o título historicamente conferido ao advogado.
    Com estimas a todos,
    FÁBIO SCANONI

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  14. Anônimo6:11 PM

    Realmente os advogados são excelentes "doutores". O que o diga, Fernadinho Beira Mar, Marcola, Nicolau, alguns vereadores, deputados, ministros e até ex presidentes.

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  15. Nós medicos somos doutores desde o ano de 1200 d.c (por volta desse ano).
    Respondido a duvida???

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    1. Anônimo3:07 PM

      Lamentável!
      Eu sou Engenheiro, tenho formação também como Técnico em Mecatrônica, e Pós Graduação. Eu jamais vou chamar um simples médico de Doutor, enquanto aquele que de fato fez doutorado eu chamarei com imenso prazer, pois a grande imensa maioria dos doutorandos de fato são tão inteligentes e seguros de si, que não fazem questão de tal tratamento.
      Minha esposa é médica, fez mestrado e está terminando o doutorado. Nunca vi minha esposa utilizar tal título, pois ela não se sente bem utilizar e fazer os pobres que não estudarem ficarem se curvando a ela em uma consulta!!
      Infelizmente, tem muito médico arrogante e prepotente neste Brasil!!!

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  17. Pois é só que os ADVOGADOS têm a origem lá nos primórdios da civilização, no antigo testamento, com o trabalho dos escribas e interpretadores da lei bíblica. Portanto "DOUTORES DA LEI".
    Com estimas,
    Fábio Scanoni

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  18. Puxa vida esse post que tem quase 2 anos ainda rende uma boa discussão. Fico feliz com isso, pois o espaço é para isso mesmo, para cada um defender a sua tese aqui, sendo doutor ou não.
    Eu ainda eu acho que vale como título quem tem um documento oficial escrito que é doutor, pois somente universidades podem dar esse título. Em particular a Universidade do Brasil, se não me engano, foi criada para dar um título de Doutor Honoris Causa para o Einstein quando passou pelo Brasil em 1925.
    Um abraço e continuemos a discussão
    Adilson

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  20. Doutor em princípio é aquele que fez o curso de pós-graduação"strictu sensu"de doutorado, defendendo uma tese ao final do curso de 4 anos. Os doutorados mais antigos do mundo ocidental foram os de direito civil e direito canônico, criados pela Universidade de Bolonha, a mais antiga da Europa, em 1223. Os doutorados em Medicina (MD) e Filosophia(PhD) somente foram criados em 1875, 652 anos após os de direito civil e canônico. Daí a antiquíssima precedência dos juristas e dos prelados nessa nomenclatura universitária. Todas as universidades criadas na idade média nasceram em volta de uma faculdade de direito ou teologia, à excecao de Montpellier, na França, que nasceu em torno de uma faculdade de medicina (por sinal, a mais antiga nessa área). Em razão disso, os médicos e demais profissionais das ciëncias exatas, biológicas e sociais, na inexistência de um doutorado próprio até 1875, recebiam, quando figuras eminentes de suas profissões, recebiam o doutorado "honoris causa"em direito civil (LLD ou JD ).Daí se dizer que o título de doutor foi uma dádiva dos juristas aos médicos e outros profissionais. Nesse sentido, todos os médicos da rainha Victoria tinham de apresentar o seu diploma honorário de direito civil para exercerem a profissào real. O mesmo ocorreu com todos os cientistas e eruditos que viveram antes de 1875. Isaac Newton, Darwin, Francis Bacon e muitos outros foram doutores "honoris causa" (por conta de sua honorabilidade) em direito civil, sempre pospondo aos seus nomes o LLD ( Doctor of Laws ) ou o JD ( Jurisprudence Doctor). Observem para isso o frontespício de todas as suas obras.
    Nos Estados Unidos - e somente lá - os cursos de direito, medicina, odontologia e medicina veterinária, por serem cursos de pós-graduação, em nível de doutorado ( para fazer um desses cursos, vocë tem que apresentar previamente o seu BA ( Bachelor of Arts ) ou BSc ( Bachelor of Science), que sãos os cursos undergraduate mais comuns. Ao final de seus cursos recebem seus diplomas de Jurisprudence Doctor (JD), Medicine Doctor (MD),Doctor of Dental Surgery (DDS) e Doctor of Veterinary Medicine (DVM).É por conta dessa primazia dos doutorados em direito, que quase todos os doutorados honorários das universidades ocidentais são sempre concedidos em direito civil, mesmo sendo os agraciados de outros ramos da ciência.

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  21. Anônimo6:58 PM

    Boa noite!
    Eu leio, leio e até agora não tive a resposta!
    Doutor é só aquele que faz doutorado? Eu sempre houvi dizer que sim. Mas tenho dúvidas! Conheço advogados, fisioterapeutas, dentistas, médicos que não fizeram doutorado e se dizem doutores. São?

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  22. Anônimo10:12 AM

    Etimologicamente, o vocábulo "doctor" procede do verbo latino "docere" ("ensinar"). Significa, pois, "mestre", "preceptor", "o que ensina". Alguma duvida ainda?

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  23. Anônimo5:21 PM

    O raizeiro também é Dr...Num é?
    abç.

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  24. Lêda Maria8:42 PM

    Não sei porque tanta discussão em torno de um assunto tão pouco relevante. Pronome de tratamento, título de graduado, quem pode ou não ser chamado de doutor. Pra mim doutor é quem tem doutorado, "doutor em alguma coisa". Do contrário qualquer um pode ser doutor, essa descrição não descreve ninguém. Prefiro ser chamada de ENFERMEIRA LÊDA, pois doutor qualquer um pode ser, enfermeiro só quem fez graduação em enfermagem, enfermeira me identifica.

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    1. Anônimo3:16 PM

      Lêda Maria,
      Fantástica a sua colocação. Eu sou Engenheiro e também gosto de ser reconhecido como tal. Mas a discussão é válida, pois devemos ter respeito com quem de fato estudou muito fazendo mestrado e doutorado. Tem muitos médicos no Brasil, que se acham acima de todo mundo porque fez uma graduação ou uma especialização. Eu conheço médicos que se sentem o máximo quando são chamados de doutor.

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  25. Anônimo2:59 PM

    Artigo:

    Os casos de inconformismo com o adequado tratamento pessoal neste país tem tomado proporções desmesuradas ultimamente, como foi o recente caso não isolado de um magistrado carioca que pretendendo obrigar o porteiro de seu prédio a lhe chamar de doutor, recorreu à Justiça. Ao recorrer para tal desiderato, teve seu pedido em primeira instância julgado improcedente, inobstante haver o postulante invocado um secular decreto Imperial de 1o de agosto de 1825, que criou os cursos de Ciências Jurídicas no Brasil, o qual havia conferido aos bacharéis de Direito o título de doutor. Houve apelo ao TJRJ para tentar reverter a decisão que não acolheu o tratamento cerimonioso em pauta. Evidentemente que não haverá resguardo ao citado diploma legal uma vez que este decreto não foi recepcionado pela atual Constituição por afrontar o tão proclamado princípio da igualdade.
    Etimologicamente, o vocábulo doutor procede do verbo latino docere que significa ensinar, trazendo em sua raiz o trabalho intelectual acadêmico como inspiração. Não é sinônimo de simples graduação ou alguma prática clínica ou jurídica. Da mesma família é a palavra docto ou douto que significa instruído, sábio, hábil. Há várias fontes que podem ajudar a elucidar o dilema como a histórica, os usos e costumes, a legislativa, inclusive a própria bíblica como se observa em Mateus, capítulo 23:1-7; 23-27 ou até mesmo a prática da concessão de alguns títulos concedidos a certas figuras exponenciais como Roger Bacon por seus conhecimentos de filosofia e ciência, Santo Tomás de Aquino etc. Mas não são tão eficientes e elucidativos como o artigo 53, VI da lei de Diretrizes Básicas da Educação (LDB), muito embora seja preciso saber dimensionar a questão. Nesta linha de raciocínio o dicionário Aurélio Buarque de Holanda é bastante esclarecedor ao nos orientar neste sentido: “É aquele que se formou numa universidade e recebeu a mais alta graduação desta após haver defendido tese em determinada disciplina literária, artística ou científica.” Assim, doutor não é forma de tratamento vulgar, mas título acadêmico utilizado apenas quando se apresente tese a uma banca e esta julgar o candidato apto e merecedor através de suas qualidades e sabença, poder ostentar o título, portanto, “doutor” não é forma de tratamento e sim título acadêmico. Evite usá-lo indiscriminadamente!
    No Brasil, esta forma de tratamento vem sendo utilizada de maneira errônea e indiscriminada, geralmente associada ao status de um indivíduo. Seu uso adveio de algumas profissões e cargos que se intitulavam - umas mais nobres que as outras - como observou Marilena Chauí, naquilo que esta autora chama de “cultura senhoral”, o que desenvolveu em nossa cultura um fascínio pelos signos de poder e prestígio, como se depreende do uso de títulos honoríficos sem qualquer relação com a possível pertinência de sua atribuição.
    Silney Alves Tadeu
    Professor da UFPel

    Em tempo, a Lei Imperial foi invenção de alguns alunos de direito, ela ( a dita lei) nunca existiu.

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  26. Caro Silney,
    Muito interessante o seu comentário.
    Agradeço a sua participação nessa discussão que já vem a muito tempo aqui no blog.
    Um grande abraço
    Adilson

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  27. Anônimo12:02 AM

    Interessante o artigo e a discussão que se seguiu.
    O autor dá a entender que a legislação alemã acerca da utilização desta forma de tratamento seja exemplar. Ora bolas...
    Continua o seu artigo afirmando que doutor é quem defendeu tese de doutorado, que conseguiu o título com muito esforço, e quem o tem deveria ser mais valorizado. Novamente, ora bolas...
    Os comentaristas mais ou menos acompanham a opinião do autor.
    Esta conversa é muito boa para aqueles que não fazem a menor idéia de como esses títulos são obtidos e para aqueles (os que conseguiram)que fingem não saber.
    O processo para ingresso em qualquer curso de mestrado e doutorado no Brasil começa e acaba com a intensa bajulação e o apadrinhamento de algum professor que componha a banca examinadora que, supostamente, fará a seleção.
    Negue o quanto quiser! O critério é a indicação!
    As teses resultantes desses cursos são tolices sem qualquer importância para o conhecimento e para a nação que suporta o custo de manutenção destes cursos.
    Ninguém as lê. Ninguém lhes dá importância. Os próprios doutores não se ocupam com teses de outros doutores.
    Pesquisa da USP conduzida por uma professora, cujo nome não me recordo, constatou que 75% dos mestres e doutores do Brasil não são capazes de compreender um texto de média complexidade. Constatou, ainda, que estes demonstram em suas teses um domínio da lingua portuguesa equivalente ao de um adolescente que ingresse no segundo grau. Referiu-se não só ao domínio da estrutura do idioma, mas, também, a extensão do vocabulário (Mínimo! aceitável para uma pessoa de cultura mediana).
    Recentemente descobriu-se que (até o momento) pode-se afirmar que 30% das teses de doutorado produzidas na Alemanha não passam de plágios, até mesmo de reportagens de jornal.
    Os estrangeiros que queiram ingressar em cursos de doutorado ou mestrado em países como Alemanha, Inglaterra, França e Bélgica (apenas a título de exemplo), precisam apenas conseguir as bolsas de estudo em seus respectivos países. Eles aceitam qualquer porcaria. Faz parte da política internacional destes países. Desde o final da segunda guerra este tem sido um expediente utilizado para aumentar as suas influências nos países dos seus "doutores". Durante as aulas (pouquíssimas) ninguém lhes dá atenção. São vistos como curiosidades. As teses são apresentadas para uma banca composta por quem estiver alí naquele dia. Atrás dos títulos carimbam a advertência de que aquilo não é válido para o exercício de qualquer atividade naquele pais. Enganem a quem quiser: a seus iguais, a seus parentes e aos tolos, mas saibam que não poderão enganar a todos. Conformem-se com isso.
    A tal comunidade no orkut é a expressão do cinismo, ou melhor, da psicopatia daqueles que sabem muito bem que ingressaram nesses cursos por vias transversas, produziram trabalhos mediocres, e sequer se preocuparam em aprender a ler e a escrever no idioma nacional.
    Depois de terem obtido um título que denota uma qualidade superior inexistente, exasperam-se e desdenham de quem, por tradição ou sabe-se lá porque é chamado de doutor.
    Quanto a mim, quando quero aprender filosofia procuro Aristóteles, Platão, Montaigne... Literatura? Procuro Camões, Machado, Shakespeare, Pessoa, Cervantes... Física? Procuro aquele rapaz invocado e nervosinho que, aos vinte e poucos anos de idade, limpou uma pocilga para trabalhar e produzir uma das obras científicas mais importantes da história da humanidade (que não foi uma tese de doutorado). Doutores??? Eles??? Até onde eu sei, dos que foram citados só Newton (o rapaz nervosinho) obteve qualquer coisa parecida. E mesmo assim, só depois de velho, como uma honraria e não como atribuição de valor a uma "tese de doutorado".
    Mas, no fundo talvez o autor e a maioria dos comentaristas tenham razão. Doutor é aquele que tem título de doutorado. Entretanto, sabedoria, competência e humildade são conquistas apenas daqueles que verdadeiramente estudam.

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  28. Anônimo2:16 PM

    Anônimo...quanto rancor hein? Críticas positivas e negativas demonstram balanço...equilíbrio..mas, você destilou rancor demais !
    Bem, quem fez pós-graduação é pós-graduado, quem fez mestrado é mestre, quem fez doutorado é doutor. Simples assim.

    Atenciosamente,

    Dr. Carlos Magno

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  29. VIVIANE BARBOSA1:07 PM

    É assustador! Inúmeras pessoas indignadas ao ler um artigo tão esclarecedor tratando-se de um tema, com intuito de esclarecer o que vem a ser o pronome de tratamento “Doutor”. RESSALTO, QUE NA LÍNGUA CULTA DOUTOR NÃO É PRONOME DE TRATAMENTO. Acredita-se que o currículo do Prof. Dr. Março Antonio Ribeiro Tura, causou inveja a alguns pobres de espírito, que nem com provas claras do que é um “DOUTOR”, ainda se vêem no direito de ser chamados por Dr. (sendo bacharel em Direito, ou outro curso de especialização que seja).
    Hoje ao pesquisar na internet a fonte de onde se tira a pesquisa é fundamental, no mínimo te livra do tal “plágio”. Percebe-se que Prof. Dr. Março, seguiu na íntegra, dando também aos menos desavisados a chance de pesquisar.
    Vamos lá!
    "Doutor" é aquele que recebeu o grau mais elevado no curso universitário. Certo! Apelar por leis do Império, abolidas com a proclamação da República, ou analogias, de todo risíveis, são desculpáveis apenas pela vontade de serem reconhecidos como seres diferentes, "doutos", em tempos de mediocridade acadêmica, propagação danosa de cursos de direito etc.
    Chamamos bacharéis em direito, medicina e engenharia usualmente de "doutores" por mera questão de tradição e imposição social. Nada mais.
    Para mim, Viviane Barbosa “doutor” é quem fez, o doutorado, ou seja, defendeu uma tese perante uma banca de especialistas e desenvolveu um trabalho de pesquisa inédito, avançando o conhecimento.
    Eu não conclui nem um curso superior, fiz somente o magistério, 3 anos de Administração de Empresas e 1 ano de Pedagogia, porém antes de tornar-se legalmente proibido, eu fiz por 15 anos, trabalhos acadêmicos como forma de sustentar a mim e aos meus 2 filhos. Isso mesmo! Fiz o famoso TCC, para estes que se intitulam doutores em Direito, medicina e outros, fora as inúmeras pós–graduação, que hoje vejo até publicadas, algumas dezenas de mestrados. Ora, ora, que crime cometi. Não era considerado crime.
    Hoje continuo pesquisando, lendo tudo que vejo, até um papelzinho de bala que está ao chão. E quando vejo alguns pseudo-s (bacharel) querendo ser chamado de “doutor”, sinto-me culpada, busco pela memória se não é um dos acadêmicos que ajudei a ter o título de Bacharel em Direito.
    Sabedoria é quando aceitamos o que é certo. Que seja aceito, por ser o certo... DOUTOR É QUEM FAZ DOUTORADO.

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    1. Anônimo8:04 PM

      PARABENS VIVIANE TITULO ACADEMICO NÃO E SINAL DE INTELIGENCIA!!!

      OS QUE GOSTAM DE SER CHAMADOS DE DOUTORES SEM TER ESTUDADO PARA ISTO SÃO PESSOAS QUE GOSTAM DE SE ORGULHAR DA PROFISSÃO MAS SER CHAMADO DE ADVOGADO,DENTISTA,FISIOTERAPEUTA NÃO É NENHUM DESRESPEITO.

      A MAIORIA DAS PESSOAS PENSAM QUE SER DOUTOR E UM NIVEL A MAIS NA SOCIEDADE SE IMPONDO SOBRE AS OUTRAS.

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    2. Anônimo6:49 PM

      Viviane, desculpe-me a franqueza. Mas, se você mesma confessa que durante 15 anos "fez trabalhos acadêmicos para esses que se dizem doutores", quando os próprios acadêmicos deveriam fazê-lo, certamente nenhum direito moral lhe assiste para afirmar tais conclusões. Até porque, se devidamente investigada a sua participação, isto poderia suscitar até mesmo eventual existência de falsidade ideológica, o que em nosso ordenamento jurídico é considerado crime. Ademais, uma pessoa que se dispõe a criticar a outrem, especialmente sobre o uso de um determinado termo como ocorre com o "doutor", deveria, antes de tudo, saber as regras gramaticais para expressar sua opinião, como se espera daquele que não só pensa, mas sabe o que fala e como fala.

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  30. Cara Viviane,
    Adorei o seu comentário. Muito interessante chamar a atenção sobre como alguns dos ditos "doutores" nem sequer escreveram uma monografia de fim de curso.
    Um abraço
    Adilson

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  31. Cristiano Ferrari10:26 PM

    Adilson,
    acredito que as pessoas que possuam um título de doutor devam ser chamadas e respeitadas como tal, mas apenas na instituição onde exercem a função. Na vida em sociedade, não existe diferença entre um doutor e uma pessoa comum. Aproveitando, chamo a atenção para um erro de grafia no trecho "... mas acredito que realmente que tem o título deveria ser mais valorizado." do último parágrafo do texto intitulado "Quem é doutor?".
    Cristiano

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  32. Caro Cristiano,
    Concordo com o seu comentário. De fato não deve haver diferença de tratamento entre ninguém!
    Obrigado por chamar a atenção do erro de digitação
    Um abraço
    Adilson

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  33. Tatiane Pereira12:59 PM

    Saudações a todos!

    Li a pesquisa e todos os comentários e quero contribuir da seguinte forma:
    É Doutor aquele que recebeu o gráu mais elevado no curso universitário. Aquele que fez doutorado.

    Mas também, é Doutor, aquele que possui douto. Mesmo que ainda não tenha feito doutorado.
    Douto é, por sua vez, um adjetivo que significa erudição, larga sabedoria e instrução. É por isso que costumeiramente chamarmos médicos, advogados e graduados em geral de doutores.

    Mas vale ressaltar que: os médicos, advogados e graduados em geral são doutores, apenas se possuírem douto.

    Entendo que todos merecem o mesmo tratamento, mas o que acontece nos dias de hoje, é que são valorizados apenas os médicos e advogados na sua maioria, e as pessoas se esquecem de valorizar os doutores que possuem o título por direito, por ter feito doutorado.

    Por isso acho necessário dizer que, os que fizeram doutorado devem ser valorizados.

    Tatiane Pereira.

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  34. Besteira tudo isso...Doutor é Doutor e pronto!

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    1. Anônimo9:54 AM

      Não é não, chamar um advogado, um médico de Doutor, é desvalorizar o verdadeiro doutor, COMO DIZ A VIVIANE: “doutor” é quem fez, o doutorado, ou seja, defendeu uma tese perante uma banca de especialistas e desenvolveu um trabalho de pesquisa inédito, avançando o conhecimento. ESTE SIM DEVE SER HONRADO COM ESTE TÍTULO DE DOUTOR, PORQUE O FEZ POR MERECER!

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  35. Anônimo9:47 AM

    Doutor é quem fez doutorado, doutor é título acadêmico e não de tratamento!
    Portanto: quem faz faculdade de direito, medicina, engenharia, etc, terão título acadêmico e profissional de bacharéis, médicos e engenheiros, e NÃO DE DOUTORES.

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  36. Olá para todos.

    Antes de qualquer coisa, meus mais sinceros cumprimentos ao Dr. Adilson pela proposta desse embate que se destaca tanto pela sua longevidade quanto pelos seus frutos.

    Tenho acompanhado pelo decorrer do tempo a discussão, bem como, dela participei em momento passado.

    Propondo-me ao papel de fomentador, venho esclarecer apenas alguns pormenores acerca da questão:

    Diz o Manual de Redação da Presidência da República, disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/manual.htm:

    “Acrescente-se que DOUTOR NÃO É FORMA DE TRATAMENTO, E SIM TÍTULO ACADÊMICO. Evite usá-lo indiscriminadamente. Como regra geral, empregue-o apenas em comunicações dirigidas a pessoas que tenham tal grau por terem concluído curso universitário de doutorado. [...].” [grifo nosso]

    Em tempo, o mesmo manual assume e reconhece o tratamento de “doutor” como um costume aos bacharéis em Direito e Medicina:

    “[...] É costume designar por doutor os bacharéis, especialmente os bacharéis em Direito e em Medicina. [...]”

    E ainda excetua outros casos: “[...] Nos demais casos, o tratamento Senhor confere a desejada formalidade às comunicações.”

    Dessa maneira, versando acerca de forma de tratamento, tal é aceita de forma oficial.

    Igualmente, tal texto especifica-o não como tratamento, mas como título acadêmico. Concordando, portanto, com o texto da Lei nº 9.394/96 (Diretrizes e Bases da Educação).

    Mas, não obstante, pelo contrário, consoante um raciocínio epistemológico, temos o seguinte texto:

    “[...] Art. 9.º - Os que freqüentarem os cinco annos de qualquer dos Cursos, com approvação, conseguirão o gráo de Bachareis formados. HAVERÁ TAMBEM O GRÀO DE DOUTOR, QUE SERÁ CONFERIDO ÁQUELLES QUE SE HABILITAREM SOM OS REQUISITOS QUE SE ESPECIFICAREM NOS ESTATUTOS, que devem formar-se, e sò os que o obtiverem, poderão ser escolhidos para Lentes.” [...]” [grifo nosso]

    Esse é o texto da Lei Imperial que, ainda em vigor, está disponível no sítio do Planalto (Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LIM/LIM-11-08-1827.htm) que ao contrário de algumas afirmações, além de provar a existência de lei que trata do assunto e o especifica, atribui o grau de título acadêmico de doutor ao bacharel em direito desde que devidamente habilitado consoante os requisitos de seus estatutos de classe (ainda a serem concebidos à época).

    Entendeu o então “Imperador Constitucional e Defensor Perpetuo do Brazil” reconhecer aos Advogados esse título por seus atos de formulações de motes, conjecturas de juízos, que

    sempre expostos e sustidos oralmente e, mormente de forma original e individual. Noutras palavras, epistemologicamente, reconheceu a prática e o costume de uma profissão em que a cada prática, a cada ato pede a elaboração e defesa de teses inéditas, legítimas e principalmente públicas postas as formações de jurisprudências que por meio de argumentos concatenados geram novos entendimentos e concepções acerca da sociedade.

    Por fim, encerro minha participação nesse blog, certo do entendimento de que seja na forma de mero tratamento por costume, seja na forma de título honorífico, o emprego do “doutor”, está mais vinculado à concepção de crenças e opiniões particulares. Alguns defenderão suas crenças de forma subjetiva justificada, por outro lado existirão aqueles que arguirão a opinião fundada no conhecimento fundamentado.

    Inadmissível em todas as análises apenas a aceitação do emprego, do uso, como meio opressivo e constituidor de castas e preconceitos!

    De qualquer maneira, seja você sectário do estilo Relativista, Dogmatista, Cético, Perspectivista, ou até mesmo, preconceituoso: “O homem é a medida de todas as coisas”.

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  37. Acredito que o mérito da palavra doutor fica cada vez mais distante de quem realmente a merece. O modismo cada vez mais freqüente na mentalidade do ser humano, faz com que um advogado ou médico sejam verdadeiros DEUSES doutores. Hoje os estagiários em em direito no pleno exercicio de suas horas de estagio em juizados de pequenas causas já são chamados de doutores e os estagiários em medicina não ficam para trás em postos de saúde, isso e de DOER com D maiúsculo de doutor. Estes ostentam ate hoje um título inexistente por pura luxuria e sem valor de conhecimento algum, puramente pelo preciosismo e proteção ostentado por seus respectivos conselhos. Sou analista de sistemas, projeto softwares para os médicos e advogados trabalharem, mas nem conselho minha profissão possui. Doutor só com doutorado. Ps: desculpem os acentos que faltam escrevo de um iPhone.

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    1. Anônimo7:25 PM

      Luxúria, foi ótimo... Vai estudar, caramba!

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  38. Deve-se chamar de "Doutor" quem realmente fez doutorado.
    Médicos e advogados gostam de ser chamados assim porque inflam seus EGOS, a maioria dos advogados mau conseguem passar no exame da OAB o que falar em chagar a um doutorado.
    Quem realmente é doutor acaba sendo desvalorizado por causa destes profissionais. Mas no Brasil tudo acaba em Pizza.

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  39. Anônimo11:31 PM

    Não há dúvida: entre portugueses e brasileiros, que venha o diabo e escolha! Não têm emenda! Não são capazes de ver que, em todo o mundo civilizado, ninguém trata ninguém por "doutor"? Que ridículo! Que patético!
    Os advogados são "doutores" da lei? Os advogados têm origem nos primórdios da civilização com o trabalho dos escrivas na interpretação da lei da bíblia? Hum... Então, será por isso que os advogados, salvo honrosas excepções, são tão burros, tanto no Brasil como em Portugal. Burros, no sentido de ignorantes. De leis não sabem nada e, em matéria de cultura geral, são verdadeiras anedotas. Em Portugal, nas provas de acesso à Ordem, 95% chumbam. E no Brasil? Será que os tais "doutores" ensinam melhor os futuros "doutores"? Tenho dúvidas.
    Sou licenciado em Estudos Especializados em Jornalismo Internacional e não chamo "doutor" a ninguém nem admito que me chamem de "doutor". "doutor" não é forma de tratamento, mas título académico para o currículo... e, para isso, é preciso fazer doutoramento. Advogado é advogado, jornalista é jornalista, sapateiro é sapateiro e ponto final.

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    1. Anônimo10:30 PM

      É,tem gente que quando mais estuda mais fica ignorante. Comparar gente com animal, é realmente impressionante. Mas não vou me surpreender se em algum momento me deparar com um jornalista tentando entrevistar um burro. Fazer o que!

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    2. Anônimo5:44 PM

      Caro amigo. Queira Deus que você nunca precise de um "burro" para defendê-lo. E, se precisar, procure quem fez doutorado. Certamente ele resolverá seu problema e você poderá continuar qualificando gratuitamente os advogados de burros.

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  40. J. FERREIRA8:54 PM

    "De fato, advogado, médico e outros tantos profissionais não são doutores e nem merecem tal distinção." Este é o entendimento de quem jamais esteve jogado no fundo de uma cela fria e fétida ou em um leito de dor de uma enfermaria qualquer de hospital. Certamente, aquele que passou por essa triste e amarga experiência pode, igualmente, não admitir o termo "doutor" a esses profissionais. Na hora do desespero prefere, no silêncio de sua reflexão, simplesmente os chamar de "DEUSES", de carne e osso é claro, a quem confiará a busca da sua liberdade, do alívio da dor, da reconquista da dignidade e da consequente felicidade da alma. Realmente, não merecem ser doutores!!!

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  42. Anônimo8:31 PM

    Vão estudar mais um pouquinho pra serem Doutores de verdade kkkkkkkkkkkkk

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  43. Anônimo8:43 PM

    Impressionante se apegam em um decreto do tempo do Dom Dom kkkkk de Maria Louca e ainda interpretam errado se fossem para um julgamento seriam condenados por burrice kkkkkk. O que Maria Louca fez foi o seguinte Manés ela obrigou o povo brasileiro "Colônia" sua descoberta kkkkk as quais roubavam tudo e mandavam para Portuga digo obrigou a tratar os Advogados Portugueses em solo brasileiro como Doutores, somente para mostrar ou tentar mostrar superioridade kkkk bando de Portugas que vieram pra cá todos de caráter duvidoso e quem tenta ostentar esse título sem os terem são mais duvidosos ainda kkkk. vamos esclarecer então Tu fez graduação em medicina tu é médico kkkk em Direito tú é Bacharel, prestou OAB virou advogado, simples assim né será que tem que desenhar "Dotô" kkkkk Agora se vossa reverendíssima, excelentíssima retornar para uma Universidade ficar mais dois aninhos na cadeira terá uma Pós, se ficar mais dois aninhos Mestre e se resolver ficar mais quatro aninhos ai sim sabidão o senhor terá o título de "Doutor" pois Doutor é quem defende uma tese acadêmica perante outros doutores. Fora isso Mané tu é "DotÔ" kkkkkkkkkkkkk

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  44. Anônimo9:10 PM

    Só para o Senhor "Dotô" ver que esse título que tentam ostentar é fajuto e sem lógica kkkk desafio o "Dotô" faze o seguinte: Preste um concurso público em que no edital exija Mestrado ou Doutorado em! passe é claro né kkkkk após na outra fase o "Dotô" tera que provar seu título kkkkkk de "Doutor" kkkkk Leve então o Decreto de Maria Louca do Império depois Vossa reverendíssima volta aqui e posta se conseguiu kkkkkkkkk

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    1. Outra dica legal, sugerir aos advogados que processem as universidades que se formaram, obrigando-as a trocarem a descrição Bacharel em Direito por Doutor em Direito de seus diplomas. rsrs.

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  45. Vou tomar essa posição agora, chamar de Dotô aquele que por mero capricho, sem merecer, exigir o tratamento de doutor. Criando assim uma nova forma de tratamento para os falsos doutores. Gostei

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  46. Franklin Stem Santos da Silva3:25 PM

    SALÁRIO DIGNO PARA TODOS
    A verdade é que deveria ter respeito e valorização dos nossos profissionais, salário digno é assim:
    Graduado… Dr. Médico – 100%
    Graduado… Dr. Enfermeiro – 70% do Dr. Médico
    Graduado… Outros Doutores da saúde 70% do Dr. Enfermeiro

    Nível Médio – Técnico de Enfermagem ou outros da saúde – 50% dos outros Doutores da saúde
    Ensino fundamental – Auxiliar de Enfermagem ou outros da saúde – 70% do Técnico de Enfermagem ou outros da saúde.

    30 HORAS JÁ: ENFERMAGEM E TODOS – ÁREA DE SAÚDE

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  47. Franklin Stem Santos da Silva3:27 PM

    NÃO SOMOS MACACOS!

    SOMOS TODOS DOUTORES...

    NÃO É ESQUISITO... Se colocam no crachá e na escala de serviço, Doutor antes do nome do médico, porque também nos outros DOUTORES (que tem Doutorado e/ou Resolução) não é feito igual? NÃO É MESMO ESQUISITO ?

    Não Sejam Preconceituosos e Injustos, RESPEITE-OS!

    O CERTO É ASSIM:

    Dr. José
    Biomédico



    Drª. Maria
    Enfermeira



    Dr. José
    Médico


    PRECONCEITO NUNCA MAIS!

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  48. Franklin Stem Santos da Silva3:28 PM

    Ilustríssimos Senhores Doutores Enfermeiros e Médicos,


    METAS
    PARA 2014


    Caminhar apesar da distância,
    Sorrir apesar das lutas,
    Vencer apesar dos obstáculos,
    Sonhar apesar das desilusões,
    Superar todas as expectativas com a ciência e fé em Deus acima de tudo!

    Médicos e Enfermeiros juntos SALVANDO VIDAS.

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